FOTO: Engº. José C. Quadrelli, da Bridgestone Firestone do Brasil
A primeira indicação é que o pneu esteja em boas condições e atendendo ao limite de desgaste através da indicação TWI. O pneu abaixo do índice TWI é considerado "careca" e não atende as exigências de segurança no veículo. No exemplo abaixo, o TWI foi ignorado há muito tempo, provocando uma alta exposição a acidentes ao usuário deste veículo. O engenheiro Quadrelli recomenda fortemente que todo usuário identifique a marca do TWI e controle o desgaste do pneu. "Um pequeno cuidado como este, poderá significar a diferença entre sofrer ou não um acidente", avisa Quadrelli.
Certo – Obedecer à indicação do pneu (TWI).
Errado – Rodar com o pneu careca.
FOTO: pneu com necessidade de troca urgente.
Um dos primeiros equívocos encontrados nas ruas são os pneus com calibragem inadequada. O uso da pressão correta no pneu garante a melhor dirigibilidade e o aumento da vida útil do pneu. "O proprietário do carro fotografado com um pneu com baixíssima pressão (note o outro pneu, aparentemente com a pressão correta) não deve ter o hábito de calibrar os pneus regularmente, o que levará a um desgaste prematuro e irregular do pneu, além da redução da estabilidade e aumento de risco de maiores danos à carcaça", informa Quadrelli.
Certo – Verificar a pressão, no mínimo, duas vezes ao mês, antes de viajar e sempre que houver alteração na carga.
Errado – Pressão abaixo do recomendado pelo fabricante do veículo.
FOTO: carro com um dos pneus baixos.
A alteração do pneu original do veículo por pneus maiores e ou diferentes das indicadas pelos fabricantes dos veículos causa problemas de desgaste, dirigibilidade e, muitas vezes, até mesmo, risco de cortes no pneu caso o pneu "arranhe" na lataria do veículo. O pneu usado pelo fusca "envenenado" da foto, poderá gerar problemas de estabilidade e avarias na suspensão.
Certo – Obedecer à especificação do fabricante.
Errado - Pneu não especificado para o veículo (medida, tipo, índice de carga e de velocidade, etc..).
FOTO: pneu de carro "envenenado", largo, fora da lataria.
A utilização de pneus off-road em cidades, ou mesmo, vice-versa, pode trazer inúmeros danos aos pneus, além de provocar maior consumo de combustível e reduzir a vida útil do pneu. No caso de pneus off-road com ranhuras grandes em carros para cidades, há a diminuição da área de contato/diminuição da ação de frenagem, aumento de ruído, desgaste irregular. No caso de pneus para cidades (street) usados em trilhas, ocorre a falta de tração, avarias na rodagem (cortes, picotamentos, arrancamentos). "Obviamente, ninguém está impedido de rodar com pneus inapropriados para um determinado piso, mas é importante que o consumidor entenda as perdas e os riscos que isto trará ao pneu e à segurança dos ocupantes do veículo", comenta Quadrelli.
Certo – Pneu adequado ao uso principal.
Errado - Usar tipo de rodagem inadequada para a condição de uso do veículo (asfalto, terra, etc..).
FOTO: veículo com pneu grande (off-road) rodando no asfalto.
Na substituição de um pneu furado, ou mesmo, de um pneu que já está desgastado, é fundamental se instalar o mesmo modelo e marca de pneu em um mesmo eixo. Isto porque todos os modelos de pneu são diferentes um do outro, apresentando uma construção e disposição de lonas bastantes distintas, para atender às necessidades específicas determinadas pelo fabricante. O Gerente da Engenharia de Vendas da Bridgestone Firestone, informa que "utilizar pneus diferentes no mesmo eixo poderá provocar um desgaste irregular, além de comprometer a estabilidade em situações críticas".
Certo - Na troca, no mínimo, montar modelos iguais no mesmo eixo.
Errado - Pneus diferentes no mesmo eixo.
FOTO: carros que usam pneus claramente diferentes.
Contrariando uma prática comum, os pneus mais novos devem ser instalados sempre no eixo traseiro, e não na frente. Isto porque, testes demonstraram que o risco de um acidente pela perda de aderência dos pneus traseiros é sempre maior. "A perda de aderência nos pneus dianteiros é sempre mais controlável pelo motorista, que pode utilizar o volante, o freio e o acelerador para compensar o problema", comenta José Quadrelli.
Certo – Manter pneus mais novos no eixo traseiro sobre o qual o motorista não tem controle.
Errado - Pneus mais novos na frente.
FOTO: o pneu traseiro está com maior desgaste.
O alinhamento e o balanceamento são necessários para evitar o desgaste irregular dos pneus e garantir a estabilidade e a melhor dirigibilidade ao veículo. Além disso, aumenta a vida útil do pneu. "Junto com a calibragem, esses dois cuidados podem garantir uma importante sobrevida ao pneu e garantir a segurança de seus ocupantes", lembra Quadrelli.
Certo – Alinhar e balancear a cada 10 mil quilômetros, quando há troca de peça da suspensão, desgaste irregular do pneu ou após ter caído em um buraco (forte impacto).
Errado – Veículo sem alinhamento e balanceamento das rodas.
O rodízio dos pneus deve ser feito periodicamente para eqüalizar o desgaste. Como exemplo, em veículos de tração dianteira os pneus dianteiros tendem a se desgastar mais rapidamente que os traseiros e o rodízio periódico fará com que todos os pneus tenham um desgaste mais uniforme, mantendo as suas características iguais.
Certo – Fazer rodízio dos pneus a cada 8 mil kms (diagonal, a cada 5 mil kms).
Errado – Não fazer rodízio.