FHC diz que assinou sigilo eterno de documentos sem ler
30 de junho de 2011 • 12h07 • atualizado às 13h42
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FHC é recebido por José Sarney e Michel Temer antes de ser homenageado no Senado
Foto: Jane de Araujo/Agência Senado
Foto: Jane de Araujo/Agência Senado
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso afirmou, nesta quinta-feira, que assinou "sem tomar conhecimento" a determinação para que certos documentos do governo ficassem em sigilo eterno. "Eu fiz sem tomar conhecimento. Foi no último dia de mandato, uma pilha de documentos, e eu só vi dois anos depois", disse, em visita ao Senado. FHC avaliou ainda que, em tempos de internet, não há motivo para manter os arquivos em sigilo.
Aos 80 anos, o tucano recebe homenagem nesta quinta-feira no Senado, onde é analisado projeto que altera os prazos para manutenção do sigilo de documentos.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, já afirmou que a presidente Dilma Rousseff está disposta a acatar o que o Congresso definir sobre o tema. A afirmação foi feita com base no que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, limitando a uma única vez a possibilidade de renovação do prazo de 25 anos de sigilo para documentos ultrassecretos, como os que tratam de fronteiras, soberania e relações internacionais. Um único ponto, segundo Ideli, é considerado "inegociável": a permissão de acesso a documentos relacionados a questões de direitos humanos.
- Terra
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