Se gostarem, o original está em www.vitrineliteraria.com.br (posso, moderador?).
Abraços e boa quinta.
Paulo
morrendoderir@googlegroups.com
BBB
Bye bye Britânica.. Os três "B" que se tornaram a marca dos bestas no
Brasil (tal qual os três mosqueteiros,
que eram quatro, esta sigla tem um quarto componente, a anta-mor do
Bial)... Epa, lá vou eu cair na esparrela?
Vou não, deixemos os mortos em paz. E tratemos aqui de uma ilustre
agonizante, para nossa tristeza.
A Enciclopédia Britânica vai deixar de ser impressa. Agora, só na
versão digital. São 244 anos de história desaparecendo,
de certa forma. Ela surgiu na Escócia, em 1768. Na sua última edição,
de 2010, ainda à venda (quando acabar,
nem pensar em reimpressão), foram 32 volumes, 65 mil artigos e 44
milhões de palavras. Números como estes,
na adolescência, me deixariam com uma ereção ainda mais explosiva que
aquelas provocadas pelo umbigo da Jane Fonda
como Barbarella (outro "B", benzódeus). Imagina, tanto material para
ler! Tivesse eu 1,395.00 USD, compraria agora.
Claro que iria aumentar o conflito aqui em casa: é livro pra mais de
metro e meio, e onde colocar?
Tenho a impressão de que daqui a um bom par de décadas – sou um
cético, gente, tem jeito não! – toda essa tecnologia vai dar pau.
Seja por um grande cataclisma num plano no qual a gente acredita, sabe
que funciona mas não vê – não, não é Deus,
mas a tal da tecnologia da informação –, ou seja por um grande filho
da puta que consiga censurar ou manipular a web
(tio Zezinho, aquele meu parente de direita hardcore, garante que só
um imbecil como eu não reconhece ainda que a manipulação
já passou dos limites). O fato é que qualquer dia destes, com certeza,
uma Britânica impressa pode ser a única esperança da reconstrução do
mundo.
É claro, não sou paranóico, isso vai demorar. É coisa pra, digamos,
2042. Mas o pior é isso. Quando chegar a hora, pode ser que,
inacessível num cyber espaço do qual estaremos irremediavelmente
desconectados, a Britânica digital não valha nada.
A salvação da humanidade estará numa edição impressa – porventura
guardada por algum enoxovalhado místico –
defasada por mais de três décadas. É pouco, mas terá que servir para a
reconstrução...
Aceito de boa vontade a doação de um Britânica impressa, mesmo que
incompleta. Quem tiver um dinheirinho sobrando,
e achar que mereço uma nova, minha conta corrente é no Santander (pelo
menos esta semana ainda, mas minha paciência
com a sacanagem já está esgotando), mande uma mensagem que mando o
número para depósito. Em última instância,
penso em furtar a coleção em alguma biblioteca. Se for o caso, página
por página (melhor duas por duas, 2042 não está tão longe assim).
--
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