Virada Cultural em São Paulo tem confusão, duas mortes e 28 presos
A polícia admitiu que houve arrastões de madrugada. Um rapaz foi morto com um tiro no rosto porque tentou recuperar o celular que o ladrão levou.
Confusão em São Paulo: duas pessoas morreram e nove ficaram feridas na Virada Cultural. Ao todo, 28 pessoas foram presas. A polícia admitiu que houve arrastões de madrugada. Quatro milhões de pessoas foram às ruas, e os criminosos aproveitaram a aglomeração para agir.
No caso mais grave, uma vida que foi embora por causa de um celular. Um rapaz foi morto com um tiro no rosto porque tentou recuperar o celular que um ladrão tinha levado.
As delegacias ficaram lotadas de vítimas de furtos e arrastões. A polícia diz que foram 12 roubos em bando. "O pessoal vinha gritando já, fazendo arrastão", conta o padeiro Paulo Henrique Maciel.
"Eu estava andando com meus amigos, eles vieram por trás e começaram a bater e tomar boné, celular, tudo", lembra o estudante Leandro Silva Paixão.
A noite misturou animação e boa música com violência e desespero. Ao todo, 1,8 mil pessoas foram atendidas em unidades médicas móveis e 260 foram encaminhadas para hospitais.
A Santa Casa, que fica no centro da cidade, registrou o dobro dos atendimentos normais: 81 pacientes. A maioria abusou do álcool e das drogas. Foram cinco esfaqueadas e três, baleadas. Duas pessoas morreram, uma com um tiro no rosto e outra com suspeita de overdose.
"Ele estava muito bem arrumado e disse: 'Tchau pai, amanhã cedo estou chegando'. Infelizmente cedo vim buscar ele, morto", lamenta o pai do rapaz assassinado, Aurelindo Santana Moraes.
A Polícia Militar informou que 28 pessoas foram presas e nove adolescentes, apreendidos pela prática de roubos de celulares, bolsas, vandalismo e tráfico de drogas. O efetivo, segundo o comando da PM foi, reforçado esse ano, com um total de 3.424 homens.
Quem participou dos shows durante a madrugada sentiu falta de policiamento. "Faltou segurança porque não era suficiente para ter uma confusão e a polícia resolver", ressalta o poeta Alexandre Buzzo.
O prefeito Fernando Haddad admitiu que o número de ocorrências foi maior que o esperado: "Houve sim um número maior de ocorrências, e nós temos que fazer uma avaliação".
Mas o medo não espantou o público. A Virada Cultural terminou com atração internacional: o uruguaio Jorge Drexler cantou no palco da Estação Júlio Prestes.
Para o comandante do policiamento o número de policiais foi adequado e é preciso fazer uma avaliação de eventuais falhas.
Elias Martins Moraes, de 21 anos, que foi assassinado por causa do celular, deixa um filho, de pouco mais de um ano. A ex-mulher dele chegou a ligar para o celular roubado. Quem atendeu foi o assaltante, que confirmou o assassinato e ainda debochou da situação.
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